Foto: Ascom/Cidasc

Por seu elevado padrão em sanidade animal, Santa Catarina se consolidou como uma grande produtora e exportadora de carnes. Uma das principais realizações nesta área foi a erradicação da febre aftosa e o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, em 25 de maio de 2007. 

Este resultado é fruto de décadas de atuação da empresa pública responsável pela defesa agropecuária estadual, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Santa Catarina foi um estado pioneiro, sendo o primeiro caso em que o reconhecimento foi concedido a uma região e não a um país. Além disso, foi o primeiro estado brasileiro a identificar individualmente com brincos numerados todos os bovinos e bubalinos, para controle do trânsito desses animais e de sua condição sanitária. As ações sanitárias que foram implementadas beneficiaram também a suinocultura, pois a febre aftosa atinge animais de casco bipartido, o que inclui suínos. 


Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, este histórico é motivo de orgulho e também de inspiração para que a empresa pública siga buscando a inovação para melhor servir à sociedade catarinense. As decisões tomadas pelos técnicos da Cidasc ao longo de 45 anos tornaram o rebanho catarinense um dos mais saudáveis do mundo, permitindo a exportação de carne para mais de 150 países. 

Desde o ano passado, o Brasil é considerado livre da doença e no próximo dia 29 de maio deve receber o certificado da Organização Mundial de Sanidade Animal, em Paris. A presidente da Cidasc representará a empresa nesta celebração. 

Mesmo com a doença erradicada, o trabalho prossegue, com ações de educação sanitária e de vigilância para não ocorrer a reintrodução. Santa Catarina tem uma bela experiência para compartilhar com outros estados, tanto em relação à brincagem dos rebanhos bovinos e bubalinos quanto ao controle de trânsito de cargas de interesse agropecuário e à orientação dos produtores rurais.