Foto: Divulgação/MPSC

Florianópolis, SC – Uma importante iniciativa voltada para a inclusão e o acesso à saúde foi concretizada em Santa Catarina. Como desdobramento direto da atuação da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, a Secretaria de Estado da Saúde desenvolveu um aplicativo móvel inovador que permitirá a pessoas surdas realizar chamados de emergência ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de forma eficaz e direta. O novo recurso já está disponível para o sistema Android sob o nome "Solicitação Samu - IT4D".

A novidade foi confirmada em reunião realizada na última terça-feira, 1º de julho, quando representantes do SAMU apresentaram o aplicativo à 30ª Promotoria de Justiça. O sistema foi projetado para atender especificamente pessoas surdas e mudas, possibilitando a comunicação em tempo real por meio de mensagens de texto com técnicos e médicos reguladores do SAMU.

O aplicativo está em constante aprimoramento, recebendo sugestões da Fundação Catarinense de Educação Especial. Uma das principais melhorias em desenvolvimento é a inclusão de recursos visuais e de imagens, visando facilitar a comunicação, uma vez que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é frequentemente a primeira língua para a comunidade surda.

Além do aplicativo, foi anunciada a futura implementação de uma Central Integrada de Emergência ainda neste mês de julho. Esta central operará em colaboração com o Corpo de Bombeiros e outros serviços de emergência, unificando o atendimento e otimizando as respostas em situações críticas.

O Promotor de Justiça titular da 30ª Promotoria de Justiça, Fabrício José Cavalcanti, destacou a relevância da iniciativa, classificando-a como "extremamente importante para assegurar o exercício do direito à saúde de forma inclusiva e equitativa às pessoas com deficiência".

Origem da Iniciativa:

O desenvolvimento deste aplicativo é um dos frutos de um inquérito civil instaurado pela 30ª Promotoria de Justiça. A investigação teve início após uma denúncia sobre falhas no atendimento do SAMU a pessoas surdas. Desde então, foram implementadas diversas ações, incluindo a capacitação de profissionais, a revisão de protocolos internos e, culminando agora, na criação desta ferramenta tecnológica essencial para a inclusão.