Foto: Divulgação /CBMSC
Após mais de nove anos de dedicação ao serviço de busca e resgate, a cadela Zaara, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), encerra sua trajetória operacional em 2025, prestes a completar 10 anos de vida — idade limite para cães de trabalho. Por decisão de seu condutor, o sargento Carlos Alexandre de Souza, a aposentadoria foi antecipada em alguns meses, como forma de preservar sua saúde e garantir o merecido descanso.
Zaara é símbolo de coragem, dedicação e competência. Aos três meses de idade, iniciou sua trajetória ao lado de seu condutor, ela coleciona missões marcantes dentro e fora de Santa Catarina. Com certificações regionais, estaduais, nacionais e internacionais emitidas pela IRO (Organização Internacional de Cães de Resgate), Zaara esteve presente em grandes operações, como:
Desastre em Brumadinho (MG)
Chuvas em Petrópolis (RJ)
Enchentes em Pernambuco
Três missões no Rio Grande do Sul
Ciclone bomba em Presidente Getúlio e Rodeio (SC)
Foi a primeira cadela de resgate da segurança pública no Brasil autorizada a embarcar em voos comerciais ao lado de seu condutor, desde que em missão, abrindo portas para todos os cães de serviço do país.
Além do trabalho em matas, áreas colapsadas e deslizamentos, Zaara também atuou na localização de vítimas em ambientes aquáticos e descarte de áreas em grandes desastres. Sua atuação incansável salvou vidas e levou conforto a muitas famílias em momentos de dor.
Agora, longe das operações de campo, Zaara continuará contribuindo com a sociedade em projetos sociais e na Terapia Assistida por Animais, sempre ao lado do sargento De Souza, com quem vive desde o início da carreira.
Trajetória de dedicação
Ela foi o primeiro cão de busca e resgate da 3ª Companhia em Brusque, inaugurando um legado que se estendeu à sua própria ninhada: três irmãos dela — Chewbacca, Barney e Bravo — também se tornaram cães de busca em outras cidades catarinenses, todos filhotes de Ice, o primeiro cão salva-vidas do Estado, que atuava em Itajaí.
Sua primeira ocorrência foi em 2019, na tragédia em Brumadinho, em Minas Gerais. Ao longo de nove dias Zaara e sargento De Souza trabalharam em um terreno desafiador à procura de desaparecidos após o rompimento da barragem de rejeitos de minérios da Vale do Rio Doce.