Pesquisa da Epagri promove sustentabilidade e renda no cultivo de morangos com biofertilizante
Publicada em: 09/06/2025 10:34 - Agricultura
Foto:
MFX/Secom/SC
Na Semana do Meio
Ambiente, celebrada em junho, uma história que reúne ciência, sustentabilidade,
qualidade de vida e geração de renda ganha destaque em Santa Catarina. Trata-se
do trabalho de Vilma Fontanive Reichert, 57 anos, moradora de Luiz Alves, que
apostou no cultivo de morangos em sistema suspenso e protegido com o apoio da
Epagri. A produção ganhou novo fôlego com o uso de um biofertiliante aeróbico
desenvolvido pela Estação Experimental da Epagri de Itajaí e apresentado
recentemente no TecnoHorti 2025.
Vilma iniciou o
cultivo há seis anos, buscando uma atividade que complementasse sua renda após
a aposentadoria sem exigir esforço físico excessivo. Com a orientação técnica
da Epagri e motivada pelos bons resultados, ela já planeja dobrar a produção em
2026 com a construção de mais um abrigo. “Não tem comparação. Sem o
biofertilizante, a planta demora mais a produzir e produz menos morangos porque
dá menos flor”, relata.
O
biofertilizante usado por Vilma foi destaque no TecnoHorti 2025, evento
realizado no dia 3 de junho na Estação Experimental da Epagri em Itajaí. Apesar
do frio e da chuva, mais de 500 pessoas compareceram para conhecer as inovações
da pesquisa catarinense na produção de hortaliças orgânicas. Um dos
coordenadores do evento, pesquisador Alexandre Visconti, apresentou o bioinsumo
e também demonstrou o sistema de termoterapia para desinfecção de substratos.
O produto, fabricado a
partir de farinha de peixe, amido de milho e de mandioca, açúcar, farelo de
arroz, esterco e água, é fermentado com bombeamento de oxigênio contínuo por
até oito dias. Na propriedade de Vilma, são fabricados 200 litros por mês. Ela
aplica o produto por gotejamento, o que garante mais vigor às plantas, prolonga
o ciclo produtivo e reduz a incidência de pragas e doenças.
Além das visitas, o
TecnoHorti 2025 contou com palestras técnicas ministradas por especialistas de
empresas parceiras, com temas alinhados à produção orgânica e ao uso
responsável dos recursos naturais, Visconti ressalta que
a integração entre pesquisa agropecuária, extensão rural e produtores reforça o
papel estratégico da ciência no enfrentamento de desafios como a segurança
alimentar, a sucessão familiar e a preservação ambiental. “Em plena Semana do
Meio Ambiente, essas histórias demonstram que a sustentabilidade no campo passa
por inovação, parceria e protagonismo da agricultura familiar”, diz ele.
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